de João de Hildesheim
Edição/reimpressão: 2004
Páginas: 178
Editor: Lucerna
Sinopse
Escrita na segunda metade do século XIV, esta história dos reis magos da autoria de João de Hildesheim (a quem se atribui a criação da lenda dos Reis Magos), um monge carmelita de vasta cultura, é um documento exemplar da literatura e da historiografia medievais. Com efeito, ela marca o ponto de confluência de um vastíssimo património de conhecimentos de carácter documental e lendário criado ao longo dos séculos precedentes que Hildesheim utiliza exaustivamente e refunde, dando origem a uma narrativa muito espontânea, fresquíssima, rica de episódios fantásticos e calor narrativo. O O Autor não tem a preocupação de apresentar análises críticas meticulosas; importa-lhe antes elevar os acontecimentos da crónica - a partir de uma perspectiva terrena - a sinais da presença de Deus inseridos no tempo. As acções dos homens e os próprios objectos tornam-se, assim, instrumentos de uma ordem providencial que lhes predispõe a função e o destino na trama de uma história sagrada e eterna cujos elementos são, ab aeterno, pré-ordenados tendo em vista o Mistério da Encarnação do Senhor.
O dispositivo iconográfico que acompanha o texto de Hildesheim utiliza a grande tradição figurativa medieval e não só nos permite perceber até que ponto este texto terá contribuído para inspirar a iconografia cristã como nos leva a reler algumas obras com um olhar novo e menos redutor.
Críticas de imprensa
«Tão importante quanto o texto (até porque este se tornou uma grande fonte de inspiração) é a selecção iconográfica de arte medieval alusiva à história dos reis magos. Basta referir que, entre as reproduções, estão mestres como Giotto ("Adoração dos Magos" e "Fuga para o Egipto") Fra Angelico ("Adoração...", no Mosteiro de São Marcos, de Florença), o olhar de espantosa serenidade da "Virgem com o Menino" (Cristoforo Canozi) ou a expressividade do mosaico de Santo Apolinário o Novo, em Ravena. Um regalo para a vista, um sabor renovado para a história.»
António Marujo in Supl. Mil-Folhas, Público
Um exemplo clássico de historiografia e arte medieval, agora editado em português moderno. Um bonito livro de capa dura magnificamente ilustrado com as mais diversas imagens e gravuras de episódios dos Reis Magos e da Natividade. Sem distinguir entre lenda e facto a narrativa varia entre o fascinante e o francamente curioso. A não perder para qualquer leitor interessado em história e arte sacra.
Escrita na segunda metade do século XIV, esta história dos reis magos da autoria de João de Hildesheim (a quem se atribui a criação da lenda dos Reis Magos), um monge carmelita de vasta cultura, é um documento exemplar da literatura e da historiografia medievais. Com efeito, ela marca o ponto de confluência de um vastíssimo património de conhecimentos de carácter documental e lendário criado ao longo dos séculos precedentes que Hildesheim utiliza exaustivamente e refunde, dando origem a uma narrativa muito espontânea, fresquíssima, rica de episódios fantásticos e calor narrativo. O O Autor não tem a preocupação de apresentar análises críticas meticulosas; importa-lhe antes elevar os acontecimentos da crónica - a partir de uma perspectiva terrena - a sinais da presença de Deus inseridos no tempo. As acções dos homens e os próprios objectos tornam-se, assim, instrumentos de uma ordem providencial que lhes predispõe a função e o destino na trama de uma história sagrada e eterna cujos elementos são, ab aeterno, pré-ordenados tendo em vista o Mistério da Encarnação do Senhor.
O dispositivo iconográfico que acompanha o texto de Hildesheim utiliza a grande tradição figurativa medieval e não só nos permite perceber até que ponto este texto terá contribuído para inspirar a iconografia cristã como nos leva a reler algumas obras com um olhar novo e menos redutor.
Críticas de imprensa
«Tão importante quanto o texto (até porque este se tornou uma grande fonte de inspiração) é a selecção iconográfica de arte medieval alusiva à história dos reis magos. Basta referir que, entre as reproduções, estão mestres como Giotto ("Adoração dos Magos" e "Fuga para o Egipto") Fra Angelico ("Adoração...", no Mosteiro de São Marcos, de Florença), o olhar de espantosa serenidade da "Virgem com o Menino" (Cristoforo Canozi) ou a expressividade do mosaico de Santo Apolinário o Novo, em Ravena. Um regalo para a vista, um sabor renovado para a história.»
António Marujo in Supl. Mil-Folhas, Público
Um exemplo clássico de historiografia e arte medieval, agora editado em português moderno. Um bonito livro de capa dura magnificamente ilustrado com as mais diversas imagens e gravuras de episódios dos Reis Magos e da Natividade. Sem distinguir entre lenda e facto a narrativa varia entre o fascinante e o francamente curioso. A não perder para qualquer leitor interessado em história e arte sacra.
Sem comentários:
Enviar um comentário