domingo, 30 de outubro de 2011

"A Pérola"


Título: Manual do Aluno 1ºano - A Pérola EMRC
Editora: FSNEC
Suporte: Papel - 110 páginas
Preço: 6,00 €

Sinopse:
Sobre o manual: Títulos com os novos programas curriculares da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica para o 1.º ano.
Este manual é acompanhado pelo caderno do aluno.

Autores: Por Ana Landeiro, Dimas Pedrinho, Maria Cruz e Ricardo Homem.


Título: Caderno do Aluno 1ºano - A Pérola EMRC (OFERTA do CADERNO na aquisição do Manual do Aluno 1ºano - A Pérola EMRC)
Editora: FSNEC
Suporte: Papel - 90 páginas

Sinopse: Este caderno tem 59 fichas de actividades e acompanha o Manual do Aluno.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

"Mal-Entendidos"


Mal-Entendidos
de Nuno Lobo Antunes
Da Hiperactividade ao Síndrome de Aspergen. Da Dislexia às Perturbações do Sono. As respostas que procura.
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 248
Editor: Verso da Kapa

Excerto
"Para compreender uma criança temos de voltar ao país das memórias, reviver o que ficou para trás, habitar de novo medos de que nos esquecemos. Olhar com olhos de espanto, chamar filha a uma boneca, e replicar o milagre da criação dando-lhe voz. Para a compreender temos de voltar a pele do avesso, reduzir a dimensão do corpo na medida inversa em que cresce o sentimento. Cada criança é uma história por contar. Por vezes o Capuchinho Vermelho perde-se no bosque e não há beijo que resgate a Bela Adormecida.
Para muitas crianças a sua história pode não terminar bem, e não viverem felizes para sempre."

Este livro destina-se a essas crianças e a quem delas cuida: Pais, Professores, Psicólogos ou Médicos, que querem que todas as histórias tenham um final feliz, e não deixam o Espelho Mágico dizer a nenhuma criança que há alguém mais belo do que ela.

Excerto
"Hoje mesmo, dia em que termino o meu livro, alguém começa uma história: as minhas filhas conheceram os professores e a Escola que as vai acolher. Sentados em cadeiras pequeninas, a minha mulher e eu sentíamos a insegurança de quem confia a outros o que tem de mais importante. De hoje em diante a Rosa e a Ana estão à mercê dos seus professores. Uma palavra mais agreste destruirá a confiança que nos seus poucos anos de existência conseguiram adquirir, um sorriso de incentivo e conquistam o mundo. As minhas filhas são frágeis, vulneráveis. Só nós lhes conhecemos as inseguranças, o texto para além do pretexto, a inquietação que duas pequeninas rugas verticais, ao lado dos olhos tão bem traduzem. Que olhem para elas como nós as vemos, quando à noite as vamos espreitar, e dormem tranquilas mas indefesas, não fossemos nós. E agora deixamo-las entregues a outrem, sem a certeza de que elas compreendam que não há alternativa para o primeiro passo que as fará “pessoas crescidas”. Será que ainda acreditam em nós depois de as deixarmos num universo estranho, actrizes de um filme de que desconhecem o guião? Ao pôr a Ana no escorrega, bati com a cabeça numa barra de ferro. Fez barulho, doeu. A Ana olhou para mim e nada disse. Minutos depois, quando nada o fazia prever, deu-me um beijo na testa, curativo de quem, quando for grande, quer ser médica de crianças. Querida Ana, já entendeu o mais importante dos remédios: penso húmido, adesivo que não mais descola, e que me deixará sarado para sempre, deste, e de outros traumatismos. Damos-lhes tantos beijos iguais. E no entanto eles não são o escudo que vai impedir desgostos, a troça de outros meninos, a mágoa por uma colega que disse: “não gosto de ti”. Como pudemos abandonar as filhas à sua sorte? Difícil aceitar que o seu destino, só em parte depende de nós. Professores, tomem bem conta das nossas filhas que nem sempre aquilo que parece é."

Nuno Lobo Antunes
Nasceu em Lisboa a 10 de Maio 1954. Em 1977, licenciou-se em Medicina, pela Faculdade de Medicina de Lisboa.
Foi Assistente Hospitalar de Pediatria e Coordenador da Unidade de Neuropediatria do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Foi Membro da Comissão de Neurologia do “Children Oncology Group”.
Foi consultor de Neurologia Pediátrica para o Departamento de Neurologia e Pediatria do Memorial Hospital for Cancer and Allied Diseases e para o Presbyterian Hospital em Nova Iorque.
Foi ainda Professor Auxiliar de Neurologia e Pediatria na Cornell University Joan & Sanford I. Weill Medical College É actualmente Director Médico e Coordenador das áreas de Neurodesenvolvimento e Neurologia do CADIn, Consultor de Neuropediatria do Serviço de Pediatria Hospital Fernando da Fonseca e Consultor de Neurologia Pediátrica do IPO, em Lisboa.
Membro da American Academy of Neurology, da Child Neurology Society, da Children Cancer Group Tri-State Pediatric Neurology Society, da Society for Neurooncology, da Sociedade Portuguesa de Pediatria, da Sociedade Portuguesa de Neurologia e da Academia Ibero-Americana de Neurologia Pediátrica.

sábado, 22 de outubro de 2011

Muitos Parabéns Kicas


Para ti Kicas, com um beijinho grande da Macaquinha e dos Papas.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

"A Gaivota Que Tinha Medo do Mar"


A Gaivota Que Tinha Medo do Mar
de Maria Eugénia Ponte
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 68
Editor: Lugar da Palavra

Sinopse
Esopo, na antiga Grécia, e La Fontaine, no século XVII, entre outros, partindo de histórias de animais, por eles inventadas, construíram as FÁBULAS que ainda hoje fazem parte do grande património da literatura universal. Maria Eugénia Ponte, partindo de realidades da vida animal, constrói histórias apaixonantes, que nos fazem refletir nos mais diversos problemas da vida. E como se isso não bastasse, conclui cada história com um "pensamento", que é um autêntico guia para uma vida feliz.

"Abelha Zena, a Rainha Serena"


Abelha Zena, a Rainha Serena
de Maria Eugénia Ponte
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 72
Editor: Lugar da Palavra

Sinopse
O novo livro de contos (dedicados exclusivamente ao fantástico mundo das abelhas) de Maria Eugénia Ponte é uma viagem de magia que vai deliciar crianças de todas as idades. Abelha Zena, a Rainha Serena é a aventura única de um grupo de simpáticas abelhas, que vai passar por uma grande prova. Tudo por causa desse ser que, muitas vezes, não consegue conviver com os seus parceiros da Natureza… o Homem! Conseguirão Zena e as suas amigas ultrapassar as dificuldades?

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Espelho"

Espelho de Suzy Lee Edição/reimpressão: 2009 Páginas: 48 Editor: Editora Gatafunho Coleção: Suzy Lee Faixa etária: dos 6 aos 9 anos Sinopse Este livro sem palavras é exactamente sobre o "eu" refelctido do espelho. Tal como em ONDA (também publicado na GATAfunho), a separação entre o lado direito e o esquerdo de cada página funciona como a separação entre a ilusão e a realidade. ESPELHO conduz-nos nesta viagem entre o "real" e o "ilusório" até um final absolutamente inesperado. um livro sem palavras! A coreana Suzy Lee já encantou crianças e adultos de todo o mundo com Onda. Em Espelho, também sem palavras, ela mergulha na relação simbólica entre o ser humano e seu reflexo. Por meio de uma sedutora narrativa visual, com grafite e aquarela, Suzy Lee apresenta o primeiro encontro de uma garotinha e com o espelho. No ritmo das brincadeiras, entre descobertas e danças, o contato torna-se tão intenso que a menina e seu reflexo tornam-se um só. As páginas espelhadas se abrem como um palco, no qual assistimos a um balé gracioso, irreverente e mágico. A autora trabalha com uma dubiedade sedutora: à primeira vista, não é possível definir qual imagem representa o real e o imaginário. Esse enigma é lentamente desvendado através das surpresas vivenciadas pela garotinha. Um divertido convite à descoberta de nós mesmos ou daquele que nos olha do outro lado do espelho. Uma das grandes revelações da arte do livro-imagem, Suzy Lee tem conquistado fãs pelo mundo todo. Trabalhos seus já foram expostos da Feira de Bolonha e figuram no Artist?s Book Collection, da Tate Britain, em Londres.

site de Suzy Lee http://www.suzyleebooks.com/




"Coração de Mãe"

Coração de Mãe de Isabel Minhós Martins Edição/reimpressão: 2008 Editor: Planeta Tangerina Faixa etária: a partir dos 4 anos


Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para o 1º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma e/ou leitura com apoio do professor ou dos pais. Esta história fala-nos de um cordão umbilical entre a mãe e os filhos que nunca se corta, apenas estica. Assim se desvendam alguns mistérios das mães. O olhar os filhos com uma centelha nos olhos, o cuidar deles - no fundo tudo o que acontece ao filho - espelha-se no coração da mãe. "Afinal o coração de mãe não é só um músculo que bate sem parar. É um lugar mágico onde acontecem as mais extraordinárias das coisas..." Este livro é recomendado pelo projecto Gulbenkian


A editora do livro disponibiza uma série de propostas para explorar o livro, clique aqui para descarregar o documento em PDF.


Isabel Minhós Martins



Isabel nasceu em Lisboa (Portugal), em 1974. Sempre gostou de ouvir histórias de tods os tipos, contadas pelos amigos, pelas tias ou pela vizinha. Na escola, quando começou a se interessar pelas palavras, arriscou seus primeiros textos, pequenos poemas e muitas cartas. Formou-se em design gráfico pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e é pós-graduada em edição pela Universidade Católica de Lisboa. Em 1999, fundou, junto com a ilustradora Madalena Matoso, a editora Planeta Tangerina, para a qual continuou fazendo revistas infantis, quadrinhos, animações e muitos livros. Lançou seu primeiro título em 2004, Um livro para todos os dias, com ilustrações de Bernardo Carvalho. Também com ele, estreou na Cosac Naify em 2009 com o livro Pê de pai, que ganhou em 2006 uma menção honrosa no prêmio Best Book Design From All Over the World, da Leipzig Book Foundation.



Resultado do passatempo no blogue "Livros, o meu vicio"


Ao visitar o blogue "Livros, o meu vicio" encontrei a seguinte mensagem:


"O passatempo chegou ao fim!
Antes de anunciar o vencedor ,quero agradecer à autora, Maria Eugénia Ponte e aos sessenta e dois participantes do passatempo "A Abelha Zena, a Rainha Serena".
O vencedor escolhido aleatoriamente através do random,org é o participante nº 23.


Marta Coutinho (Pombal)
Muitos Parabéns!!!"



O meu muito obrigada, ao blogue e autora pela iniciativa do passatempo.

Não tenho duvidas de que, eu e a Macaquinha vamos passar deliciosos momentos de leitura na companha da Abelha Zena.

domingo, 2 de outubro de 2011

"O Menino de Cor"


Título: O menino de cor (adaptado de um conto tradicional africano)
Autor(es) Ale+Ale (Ilustrador)
Tipo de documento: Livro
Editora: Livros Horizonte
Local: Lisboa
Data de edição: 2007
Área Temática: Racismo, Multiculturalismo
Tradução: Manuela Pessoa


Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para a Educação Pré-Escolar, destinado a ler em voz alta/contar/trabalhar na sala de aula.


Não percebo porque dizem que sou um Menino de cor

Quando eu nasci, já era negro
Quando tu nasceste, eras cor-de-rosa
Quando eu me zango, continuo negro
Quando tu te zangas, ficas vermelh0
Quando eu tenho frio, continuo negro
Quando tu tens frio, ficas azul
Quando eu estou com medo, continuo negro
Quando tu tens medo, ficas verde
Quando me dói a barriga, continuo negro
Quando tu tens dor de barriga, ficas verde
Quando eu vou para a praia, continuo negro
Quando tu vais para a praia, ficas negro
E tu gostas disso!

Então...Qual de nós os dois é o menino de cor?


"Recriação, sob a forma de um álbum ilustrado de pequenas dimensões, de um conto tradicional africano, este livro alerta, com humor e de forma desmistificadora, para a questão do racismo e da intolerância perante a diferença. Estabelecendo várias comparações entre uma criança branca e uma criança negra, a narrativa permite concluir acerca da inutilidade de alguns preconceitos verbalizados sob a forma de expressões como “menino de cor”, valorizando ideias como a igualdade e a tolerância face ao outro. As ilustrações, com recurso a várias técnicas, exploram a questão da variação cromática ao mesmo tempo que sublinham a dimensão afectiva e até humorística do texto, propondo diferentes situações facilmente identificáveis e reconhecíveis." daqui

"O G é um Gato Enroscado



O G é um Gato Enroscado
de João Pedro Messeder
Edição/reimpressão: 2003
Páginas: 32
Editor: Editorial Caminho

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 2º ano de escolaridade destinado a leitura autónoma e/ou leitura com apoio do professor ou dos pais.

João Pedro Mésseder vem-se confirmando com um dos valores mais seguros da renovação da poesia portuguesa para a infância. Os seus poemas e as ilustrações brilhantes e inovadoras de Gémeo Luís criam neste livro uma combinação irresistível.


Pseudónimo literário de José António Gomes.
Nasceu em 1957, no Porto, e aí completou os seus estudos universitários. Publicou livros de poesia como A Cidade Incurável (1999), Ordem Alfabética (2000), Fissura (2000, Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho), Espuma (2001) e À Noite as Estrelas Descem do Céu (2002). É ainda autor de livros ilustrados para crianças: Versos com Reversos (1999, nomeado pela Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil para a «Lista de Honra do IBBY» de 2000), De que Cor é o Desejo? (2000), A Couve, as Calças e o Burro (2004) e Não Posso Comer Sem Limão (2004).


Um livro


Levou-me um livro em viagem
não sei por onde é que andei
Corri o Alasca, o deserto
andei com o sultão no Brunei?
P’ra falar verdade, não sei

Com um livro cruzei o mar,
não sei com quem naveguei.
Com marinheiros, corsários,
tremendo de febres e medo?
P’ra falar verdade não sei.

Um livro levou-me p’ra longe
não sei por onde é que andei.
Por cidades devastadas
no meio da fome e da guerra?
P’ra falar verdade não sei.

Um livro levou-me com ele
até ao coração de alguém
E aí me enamorei -
de uns olhos ou de uns cabelos?
P’ra falar verdade não sei.

Um livro num passe de mágica
tocou-me com o seu feitiço:
Deu-me a paz e deu-me a guerra,
mostrou-me as faces do homem
– porque um livro é tudo isso.

Levou-me um livro com ele
pelo mundo a passear
Não me perdi nem me achei
– porque um livro é afinal…
um pouco da vida, bem sei.

O G é um gato enroscado, João Pedro Mésseder


Os heróis dos livros


Deflagravam guerras,
morriam presidentes,
vulcões despertavam,
tufões desfaziam cidades inteiras.
Pouco soube porém
do que se passava nos confins da Terra.
Porque perto, muito perto de mim,
os cavalos do Pony Express
deixavam atrás do galope
um rasto de poeira do deserto,
e no Kentucky Daniel Boone
batia-se com os Shawnees
em combates de vida ou de morte;
Spártaco em Cápua levantava os escravos,
e na esplanada do Café do Gato
com os dedos sujos de graxa
Pepe salivava
diante do homem gordo
ao molhar churros quentes
numa chávena fumegante;
os meninos da gruta
na Nova Zelândia
fugiam de casa para a montanha
e do alto observavam
no vale os pequenos adultos;
o pai, Sandália de Vento,
e o filho, Sapato de Fogo,
corriam mundo mochila às costas,
como dois velhos amigos;
e Rudi, o rapaz da Steinstrasse 16,
ali, bem ao pé da porta,
crescia desvendando um mistério
para provar a sua inocência:
Não fui eu quem roubou o relógio,
não fui eu quem roubou o relógio.
Por causa de todos eles,
pouco soube das fomes, das cheias,
dos temporais e das batalhas
que varriam o mundo no meu tempo.
Mas Boone,
Spártaco,
Pepe,
Rudi,
Sapato de Fogo
e os outros,
no escuro sótão da minha infância,
no coração de uma cidade de granito,
olhavam-me nos olhos,
rosto diante de rosto:
gente de palavras
com cara-de-muitos-amigos.
E no centro do centro do mundo,
desse vasto mundo tumultuoso,
eu aprendia os sonhos dos homens,
decorava as dores dos homens
e neles me conhecia.

O G é um gato enroscado, João Pedro Mésseder

"Nos vinte e quatro poemas contidos nesta colectânea, encontramos um discurso sensivelmente experimentado e atento ao valor das palavras, pressentindo-se ressonâncias da poesia da tradição, a par de ecos de alguns livros e dos seus heróis (por exemplo, em «Os heróis dos livros»), numa espécie de elogio realizado desse mundo pelo qual o sujeito poético gosta de se aventurar: o mundo das palavras.

O passado – da infância e das leituras, por exemplo – e o tempo, em geral, bem como os elementos da natureza surgem, aqui, a cada passo metaforizados e tratados simbolicamente, um percurso estético que a expressiva componente pictórica acaba por corroborar. " daqui